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ASSEMBLEIAS DE MORADORES
BRASILEIRES 

Não tem acesso a uma habitação digna e a um contrato de arrendamento?

A sua renda é muito alta em relação ao seu salário?

Tem que dividir casa por não poder sustentar o custo?
Já recebeu ameaças do seu senhorio?
Já lhe foi recusada uma casa mesmo cumprindo com todos os requisitos?

Está a ser vítima de um despejo?

Já lhe pediram cauções extra só por ser imigrante?

Já ouviu dizer que a falta de habitação é culpa da imigração?

 

Se essa é a sua realidade ou de pessoas que conhece, participe da Assembleia de Moradores Brasileires!

Vamos construir em conjunto solidariedade e luta por habitação digna para todos!

Junte-se à nós!

Domingo - 14 de Julho - 16h

Casa Odara - Rua dos Mártires da Liberdade 126


Enquanto moradores brasileires em Portugal, partilhamos com a maioria da população as dificuldades no acesso a casas adequadas a nós e a nossa família, com contrato e com rendas que sejam compatíveis com os nossos salários. De ano a ano somos obrigadas a fazer mais uma mudança, mais um “recomeço” com rendas mais altas, somos empurrados para casas com menos condições, mais distantes do centro, do trabalho ou de outros serviços, com frio e infiltrações no inverno e infestações no verão. Por vezes temos que dividir a casa com mais pessoas, e quase sempre o senhorio está à procura de nos arrancar mais dinheiro. Sabemos diariamente como é sentir o desconforto em casa, mas também vivemos formas de discriminação e precarização institucionais através das políticas migratórias realizadas pelo SEF antes e pela AIMA hoje, que se acompanham no dia a dia de discursos racistas e xenófobas na mídia, nas redes sociais, na rua, nos nossos ambientes de trabalho e de lazer. Quem não viveu ou não ouviu de alguém uma história de dor causada pelo racismo e a xenofobia?

 

As últimas eleições de Maio em Portugal aprofundam o cenário de desigualdade e exploração dos governos anteriores. O governo português, como um cão de guarda dos “valores europeus”, recupera e realimenta o racismo através do colonialismo historicamente enraizado na sociedade, para dividir a população e proteger os verdadeiros responsáveis pelas crises como a da habitação. Assim, uma das suas primeiras medidas foi a suspensão dos pedidos de manifestação de interesse e a decisão arbitrária de pedir o pagamento adiantado do custo dos processos, causando ainda mais sobrecarga nos centros da AIMA e abandonando milhares de pessoas e suas famílias ao risco da ilegalidade. Mas o mesmo governo decide continuar a beneficiar os “estrangeiros” dos “vistos gold” que tanto contribuíram para o aumento do preço das rendas, os quais podem comprar um título de residência e conseguir mais facilmente a cidadania e o passaporte português. Estes são os “valores” que a extrema-direita e extrema-direita promovem: o direito como privilégio dirigido aos que compram o acesso à “comunidade”.

 

Enquanto isso, só no Porto existem mais de 20.000 casas vazias, 94% do investimento direto no País é para fazer negócios no mercado imobiliário e há cada vez menos proteção aos inquilinos. Como se pode dizer que não há casas se existem mais casas vazias do que gente sem casa? Como podem ser os trabalhadores imigrantes responsáveis pela crise da habitação? Porquê temos que “aceitar o que tem” por ser imigrantes se essa falta que sentimos só favorece as minorias milionárias?

 

Sabemos que podemos contar com pouco apoio para defender a nossa integridade e as nossas aspirações. Por isso, hoje mais do que nunca sentimos a necessidade de nos unirmos para organizar as nossas experiências como imigrantes em solidariedade, construindo uma luta coletiva e informada que nos represente e dê força a uma visão transformadora do presente e do futuro que queremos.

 

Junte-se no dia 14 de Julho, e venha partilhar testemunhos, organizar ideias e construir a luta pelo direito à habitação para todes, que só será conquistado em conjunto com a luta contra o racismo e a xenofobia!

JUNTA-TE À LUTA DOS MORADORES!

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