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Habitação, Hoje!

A Habitação Hoje (HH) é uma organização política, apartidária, que nasce no Porto em 2021, como o espaço de construção da luta pela conquista popular do direito à habitação e à cidade.

 

Acreditamos que a luta deve ser coletiva e informada e a nossa prática diária acontece nesses dois níveis, que se informam mutuamente. Coletiva porque as últimas décadas têm sido pautadas pelo crescente individualismo e mercantilização do acesso às necessidades mais básicas. Acreditamos que apenas podemos construir uma sociedade diferente se nos juntarmos, todos os que sofremos com a crescente exploração e precarização das nossas vidas,  construirmos alternativas e poder popular. Informada porque acreditamos que é essencial saber o que nos oprime para podermos resistir e porque quem está informado luta melhor. Trabalhamos na desconstrução das políticas de habitação em curso, no apoio jurídico às situações urgentes, em tornar acessível e desmontar a retórica dos opressores, em denunciar as situações que vamos enfrentando, para que ninguém seja invisibilizado ou lute sozinho.

 

Para fazer tudo isto, precisamos de ti! Fazemos assembleias todos os 1os e 3os sábados de cada mês, às 15h na Avenida Fernão Magalhães 619, no Porto.

 

Continuamos a luta histórica da classe trabalhadora por habitação digna e por uma mudança radical da sociedade!

 

O problema da habitação é  um problema histórico e a sua manifestação atual é resultado de décadas de políticas públicas que, apesar de apresentadas como de assistência à classe trabalhadora, servem apenas os interesses dos proprietários e dos grandes grupos de investimento. O 25 de Abril não trouxe ainda o cumprimento do direito à habitação! Temos vindo a expor e explorar estas políticas e como assentam numa desresponsabilização do setor público em garantir um direito constitucional e na contínua e quase exclusiva delegação no mercado privado. Falamos de políticas como a renda acessível, os subsídios à renda, e de todas as medidas que passam pela transferência de dinheiro público para os proprietários privados, mantendo e alimentando as desigualdades em vez de reforçar e melhorar o sistema público, medida que de facto poderia resolver estruturalmente o problema. O que fazem estas medidas é perpetuar os preços altamente especulativos do mercado, sendo que a degradação das nossas condições de vida aumenta na proporção do enriquecimento dos senhorios e dos investidores imobiliários, através dos rendimentos do nosso trabalho. Enquanto houver gente sem casa não pode haver casa sem gente, e por isso sabemos que com 723 mil alojamentos devolutos no país, a situação cada vez mais grave em que se encontra a classe trabalhadora não é uma inevitabilidade mas uma opção política. 

 

Somos as pessoas inquilinas e sem teto que se organizam na Habitação Hoje!

 

A falta de acesso a uma habitação digna não é a única frente em que este sistema nos falha. Não temos acesso à educação se não pudermos aceder ao ensino superior por falta de capacidade de pagar um quarto. Não temos acesso à saúde se sofremos diariamente com o medo do despejo, com as condições degradantes da casa ou se temos de escolher entre tomar a medicação e pagar a renda. Não temos acesso ao trabalho, se não temos um sítio onde descansar no final do dia. Não temos direito à reforma, se mesmo depois de uma vida de trabalho ainda somos despejadas e nos põem na rua. Não temos acesso à cultura, se trabalhamos dia e noite para dar todo o nosso rendimento e tempo ao senhorio. Não temos direito à cidade e ao lugar, se somos expulsas para que venha a seguir quem consiga pagar mais que nós, para abrir mais um hotel ou um alojamento local, ou mesmo para que fique vazio. Não temos direito à privacidade, se por sermos imigrantes nos obrigam a viver em sobrelotação, por uma grande fatia do salário, muitas vezes sem contrato. Não temos direito à liberdade, se somos mulheres ou pessoas lgbtqia+ vítimas de violência doméstica e somos obrigadas a permanecer na casa com o agressor. Não temos direito à justiça, se somos vítimas de assédio imobiliário e de despejos forçados sem termos alternativa de habitação. Não temos direito à dignidade, se somos pessoas imigrantes e racializadas e alguns senhorios se recusam a arrendar-nos a casa. 

 

Lutar por habitação é lutar pela melhoria da nossa vida em todas as suas esferas! 

 

Construímos a força de todas as pessoas que sofrem diariamente com esta exploração. 

Construímos a União de Inquilinas e Sem Teto.

Construímos solidariedade entre vizinhos. 

Construímos conhecimento popular.

Construímos formas alternativas de habitação e sociedade. 

 

Podes saber mais sobre as nossas reivindicações e ver o conteúdo que temos produzido aqui no nosso site. Junta-te a esta luta, faz-te associado e aparece nas Assembleias de Moradores!

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